Todas as vezes que
assisto o noticiário e conheço a história de mais uma Dona Maria, que morreu em
um acidente de carro, ou acompanho a investigação criminal do assassinato de
algum João, eu não me importo mais. Eu não
consigo me importar.
A
mídia fez da morte algo comum? Com certeza, mas nós também temos nossa parcela
de culpa. Afinal, foi culpa do Rogério, que estava dirigindo bêbado e bateu no
carro de Dona Maria. Também é culpa do Pedro, o assassino de João. Onde vamos
chegar? Que tipo de mundo queremos deixar para as futuras gerações? [Mas isso não é um problema meu].
Tudo
aconteceu tão rápido, mas ao mesmo tempo, tão devagar. Pode ter começado com o
ataque dos Japoneses à Pearl Harbor, pode ter começado quando os Estados Unidos
se vingaram, lançando as bombas atômicas no Japão ou pode ter começado na idade
média, onde mulheres eram assassinadas por supostamente serem bruxas [eu
poderia continuar]. E nós carregamos esse “legado
metálico”, as gerações futuras carregarão esse “legado vermelho”. Está acontecendo agora. Outra Dona Maria morreu
em um acidente. Outro João foi assassinado. No
fim, eles só são desconhecidos. E o mundo está caminhando para sua própria
destruição. O nosso maior medo esta se tornando realidade.
A
sociedade está se tornando mais desumana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário