28 de janeiro de 2016

Zero Grau

Todas as vezes que assisto o noticiário e conheço a história de mais uma Dona Maria, que morreu em um acidente de carro, ou acompanho a investigação criminal do assassinato de algum João, eu não me importo mais. Eu não consigo me importar.
            A mídia fez da morte algo comum? Com certeza, mas nós também temos nossa parcela de culpa. Afinal, foi culpa do Rogério, que estava dirigindo bêbado e bateu no carro de Dona Maria. Também é culpa do Pedro, o assassino de João. Onde vamos chegar? Que tipo de mundo queremos deixar para as futuras gerações? [Mas isso não é um problema meu].
            Tudo aconteceu tão rápido, mas ao mesmo tempo, tão devagar. Pode ter começado com o ataque dos Japoneses à Pearl Harbor, pode ter começado quando os Estados Unidos se vingaram, lançando as bombas atômicas no Japão ou pode ter começado na idade média, onde mulheres eram assassinadas por supostamente serem bruxas [eu poderia continuar]. E nós carregamos esse “legado metálico”, as gerações futuras carregarão esse “legado vermelho”. Está acontecendo agora. Outra Dona Maria morreu em um acidente. Outro João foi assassinado. No fim, eles só são desconhecidos. E o mundo está caminhando para sua própria destruição. O nosso maior medo esta se tornando realidade.

            A sociedade está se tornando mais desumana.

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