13 de março de 2015

Flash

     Fotos, são lindas, não? Você também é linda. Lembro de quando te conheci no curso de fotografia. Você estava tentando tirar uma foto de um esquilo, e você estava com aquela cara. Ah, aquela cara que nenhuma máquina fotográfica conseguiria fotografar, aquela cara de convencida, inteligente, superior e sexy, tudo ao mesmo tempo.
     Desde quando eu era pequeno eu adorava fotos. Afinal, existe melhor maneira da falsidade parecer uma lembrança perfeita? Como em uma foto minha na cachoeira, meu pé doía, eu me sentia sujo, eu tinha escorregado e meu corpo inteiro doía, mas, mesmo assim parece uma foto perfeita, como se tudo estivesse bem. Uma mistura perfeita que até parece mágica (com duas colheres de sopa de falsidade, mas quem liga?).
     E, assim foi o dia em que começamos a namorar. Nós já tínhamos nos tornado amigos, e eu tirava fotos de você com varias fantasias engraçadas (para um trabalho do curso). Até que você cai quando esquece que está de salto. Eu te seguro. E, você prepara a máquina fotográfica. Eu já sabia o que você queria. Eu me aproximo do seu rosto e você se prepara para apertar o botão, que tiraria a foto perfeita. Vejo um flash, e nos beijamos.
     Nossa. Que beijo amargo, hein?

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