Eu sempre fui meio tímida, com vergonha de erguer a voz, sugerir algo ou, até mesmo, responder uma pergunta na sala de aula, porém nessa viajem, eu visitei um lugar que eu denominarei agora de "Terra das Crianças Perdidas", porque lá todos, não só eu, nos permitimos agir do jeito que sempre desejamos, porém nos proibimos.
Eu, sempre em meio à timidez, sempre ficava um pouco para trás, desejando somente observar, como se tudo fosse um filme. Lá do fundo eu via todos rindo e se divertindo, e eu me contentava pelo fato de eles estarem bem. Só que uma dupla me capturou a atenção.
Eles iam fechar, depois dessa vez, eles não poderiam mais voltar, pelo menos não como "crianças perdidas", porém mesmo assim eu os via se esforçando ao máximo, como se fosse qualquer outra vez. Eu me vi hipnotizada por eles, e eles me tocaram, porém, não por serem belos, não por estarem fechando e não por serem veteranos, eles me hipnotizaram por suas personalidades.
Não sei dizer qual é a mais bela, pois ambas são únicas, e eles, com suas personalidades, removeram-me lá do fundo, eles me ensinaram a ter coragem, e eu me mostrei, eu falei, eu conversei e me diverti, e no fim, o que doía mais em mim não era o fato de eu estar indo embora, não, eu sabia que ano que vem retornaria, doía o fato de eles não poderem mais retornar, e assim eu, não sei o que falar.
Acabou que eu entreguei meu coração para tantas pessoas, que agora não consigo encontrar mais ele, não consigo mais dizer quem eu sou, e isso doí, mas não mais do que a partida daquela dupla, e sobre eles digo:
Eles me conquistaram pela paixão que tinham por aquele lugar, e pelo jeito que lidavam com o fim daquela experiência, doeu em mim me despedir, e aqui eu faço uma homenagem. À meus dois capitães, que fecham agora, eu agradeço por terem transformado minhas temporadas inesquecíveis, a maneira de vocês.
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